quarta-feira, 27 de junho de 2018

UMA EXPOSIÇÃO A VISITAR NA BAIXA DE SANTA CLARA

(Foto de Alex Ramos)



Na presença, elevada pela consideração, de muitos amigos do expositor, ontem, pelas 18h30, no Recordatório Rainha Santa Isabel, ao lado do Portugal dos Pequenitos, foi inaugurada, e estará presente até 30 de Julho, a exposição de fotografia de Mário Afonso.
Sobre o tema “Aqui há gato”, o visitante pode perder-se pelas imagens “falantes”, cheias de sensibilidade, do autor. Cerca de vinte fotografias de gatos, captadas pelo olhar artístico de Mário Afonso, nas mais variadas posições, mostram, ou parecem mostrar, que os felinos também têm sentimentos e, para quem tiver disponibilidade mental para recolher os momentos, transmitem uma linguagem de amor.
Se nós, humanos, no campo dos talentos somos o que fazemos, também é verdade que se não mostrarmos o nosso desempenho e o sujeitarmos à crítica social é como se essa actividade não existisse. E isto para tentar perceber a generosidade do meu amigo Mário Afonso ao, de uma forma gratuita e sem o habitual “O que é que eu ganho com isso?”, nos oferecer o fruto das suas divagações sem nos pedir nada em troca.
Mas, afinal, quem é o homem que, em traços curtos, descrevo? “O Mário, é um franciscano sem hábito”. Quem o afirma é José Gomes, um amigo comum. “É um ser humano fantástico”, prossegue.Foi fundador da secção de fados da Associação Académica de Coimbra, foi colaborador em diversas publicações, regionais e nacionais, e também da RTP.
Falando por mim, o Afonso é aquele amigo do peito, aquele ser único que está sempre disponível vinte e quatro horas por dia para o seu chegado. É um sujeito sorumbático, introspectivo, que, por falar pouco, dá a parecer que anda nas nuvens, que é nefelibata, e não se apercebe do que gira à sua volta. Puxamos dele a primeira frase, e como génio saído da lamparina, não pára de nos surpreender pela acutilância e fundamentação das suas teses. O Mário é um especulador, no sentido de observador, presente na cidade. Nas suas deambulações, com o seu olhar projectado e materializado na máquina de guardar instantes, a recolha de imagens surge como um grito silencioso de revolta.
Numa frase curta, gosto dele. Pronto!
Por tudo o que foi explanado e pelo que fica por dizer, visite a exposição “Aqui há gato”, no Recordatório, e como se fosse embaixador das pessoas de boa-vontade, deixe um abraço ao Mário Afonso.

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