terça-feira, 7 de março de 2017

ANDAM A GOZAR COM OS MAIS VELHOS?

(Imagem de Leonardo Braga Pinheiro)




Idade de reforma vai aumentar em 2018

Os sucessivos governos, quer o anterior PS, quer o seguinte PSD/CDS, quer o actual, andam a gozar com os trabalhadores mais velhos. Com o argumento da queda da demografia, ciência que estuda a dinâmica populacional humana, em que as políticas sociais de restrição económica seguidas por estes senhores, na causa e na consequência, têm sido o principal motor decrescente, continua-se a aumentar e a adiar a idade da reforma.
Para além de contraproducente, para que serve obrigar, por exemplo, um funcionário público a estar a trabalhar na sua repartição com 66 anos? E um privado? Usando o exemplo que tenho mais à mão, comecei a descontar em 1968 para a então Caixa de Previdência. Em 2018 terei 50 anos de contribuições. Que mal fiz eu a esta gente? Tenho de ser penalizado por começar a trabalhar em criança? Não deveria ser o contrário? Este procedimento continuado é para o castigar aqueles que não se ancoraram a um cómodo subsídio? Encostado a um RSI, Rendimento Social de Inserção, ou outro qualquer? Mas, será que estes iluminados na sua própria sombra projectada não se apercebem que estão a participar para a colectiva desmotivação social e a discriminar os que mais anos contribuíram para a riqueza do país?
Para quem tivesse 40 anos de descontos deveria ter direito imediato à aposentação sem penalizações. Querer continuar ou não, deveria ser uma opção de cada um.
É verdade ou não que esta medida, sendo apenas necessária do ponto de vista economicista para a Segurança Social, na obliteração de emprego para os mais jovens, é anti-social? Quem mandou os sucessivos governos fazerem aplicações de milhões que pertenciam unicamente ao Instituto da Segurança Social?
Apetece mandar esta gente, ancorada em reformas douradas, para um certo lugar que cá sei mas não digo. Fosca-se! Estamos nas mãos de uma estirpe de notáveis, elitista, salteadora e quadrilheira de direitos adquiridos ao longo da vida, que só tem em conta as suas conveniências. Fosca-se, outra vez!

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