terça-feira, 21 de julho de 2020

UMA IMAGEM POR ACASO...

A imagem pode conter: sapatos e ar livre
A imagem pode conter: sapatos




Há muitos psicólogos sociais que afirmam que a riqueza de uma comunidade verifica-se nos excedentes, o vulgar lixo, que produz. Ou seja, se na hora da recolha os funcionários camarários, no geral, se deparam no contentor com bens ainda em razoável estado e reutilizáveis, significa que aquele grupo societário, economicamente, vive confortável e acima da média.
Ora, a imagem que captei hoje, em Barrô, quando a tarde caía calma e serena, medida pelo índice que apontei, significa que, felizmente, a aldeia não têm habitantes com grandes necessidades. Este variado tipo de calçado para todas as estações do ano e para várias cerimónias, esteve hoje exposto durante todo o dia e ninguém ligou peva. Salienta-se a boa-vontade de quem teve o bom-senso de não deitar directamente o calçado dentro do contentor. Fez o que devia. Se não serve a ninguém, isso é outro assunto. Quase apostava que se fosse repetido em Coimbra, o mais certo é desaparecer tudo rapidamente. O que, a ser verdade, vive-se melhor hoje na aldeia, sem privações, do que na grande cidade.

Apesar do que escrevi em cima, de que ainda bem que ninguém necessita, para nós mais velhos não deixa de dar que pensar. Há cerca de meio-século, encontrar um único par de alpercatas em estado razoável era ganhar uma lotaria. Ainda bem que estamos todos muito melhor!

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