sábado, 11 de julho de 2020

O MODELO DE POLÍTICA PORCA, RASTEIRA E ABSURDA

Maioria esmagadora chumba Centeno para Banco de Portugal
(Imagem da revista SÁBADO)




Segundo a revista Sábado, “PSD, BE, PCP, CDS, PAN, Chega e IL todos contra Mário Centeno como governador do Banco de Portugal. A audição no Parlamento é obrigatória para formalizar a nomeação, mas não vinculativa. Caso contrário, Centeno tinha chumbo garantido.”
Esta discussão em torno da nomeação de Centeno para o Banco de Portugal, depois de ter sido um bom ministro das finanças, senão o melhor dos últimos quarenta anos, é o paradigma em como a política partidária pode ser rasteira, calculista e bastarda na procura da revanche, mesmo que leve ao pior para o futuro do país.
Como afirmou Mariana Mortágua, do BE, "O verdadeiro conflito de interesses está entre público e privado e não entre cargos públicos". 
Se ele se encaminhasse para uma empresa privada ou uma multinacional financeira faria todo o sentido esta posição de alguns partidos de oposição. Aliás, o projecto de período de nojo para cargos públicos, proximamente em discussão no Parlamento, faz todo sentido – embora, a meu ver, cinco anos é um exagero.
Queremos ou não os melhores em cargos de responsabilidade do Estado?
A independência invocada, neste caso, é uma treta.
Já não bastava o argumento populista de defender ordenados miseráveis para políticos. Se a demagogia continua, por este andar, não tardará muito, ninguém arrisca ir para funções governativas. Às tantas, digo eu, será mesmo isto que interessa, para meter nos executivos a mediocridade, que não cabe em lugar algum.
Tristeza!

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