Segundo
noticia publicada hoje no Diário as Beiras e assinada pela
jornalista Patrícia Cruz Almeida, o popular “Zé Neto”, um
restaurante com cerca de seis décadas na Rua das Azeiteiras,
encerrou hoje definitivamente -pelo menos naquele local. Segundo
informações recolhidas na vizinhança, existe ainda a
possibilidade de uma sua funcionária poder fazer uso da marca “Zé Neto” nas proximidades, não muito longe do agora encerrado.
Citando
o Diário as Beiras, “o prédio localizado no número 10 da Rua
das Azeiteiras e pertencente à família que explora o
estabelecimento, foi vendido para dar lugar a um espaço de
alojamento local”. O que quer dizer que foi uma escolha natural
dos herdeiros de José Neto, o reconhecido hoteleiro que durante
largos anos dignificou a Baixa e faleceu em Maio de 2017.
Se
por um lado é um farol gastronómico que se apaga, por outro, não
será de estranhar esta acertada opção de venda. Sem qualquer
intervenção das entidades responsáveis, o Centro Histórico está
a ficar com excesso de casas de hotelaria. Bem sabemos que, por
estarmos numa economia de mercado aberto pouco se pode fazer. Ou seja,
o rastreio entre as que persistem e as que desaparecem tem de ser
feito pela oferta e procura. Mas, em boa verdade, pelo excesso de
oferta, adivinham-se tempos difíceis para a hotelaria.
Se
posso escrever assim, sempre que um determinado ramo está na moda e
se apresenta lucrativo, como é o caso do alojamento local, todos
correm para o mesmo lado, como se não houvesse amanhã, nem outras
actividades originais.
Voltando
ao restaurante “Zé Neto”, se abrir noutro local lá
estaremos para brindar à boa sorte. Se tal não acontecer, e mesmo
que a marca se acabe, já deu muito à colectividade.
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