sexta-feira, 2 de agosto de 2019

BAIXA: ASSALTO AO AMANHECER

(Imagem de Leonardo Braga Pinheiro)




Na noite desta Quarta para Quinta-feira, durante a madrugada, um ou vários assaltantes, rebentando com o canhão da porta de um prédio contíguo a uma ourivesaria, penetraram no edifício vazio de moradores e abriram um buraco na parede para entrarem na loja de compra e venda de ouro. Tal como em vezes anteriores, valeu o facto de haver chapas de aço a fazerem a divisão entre o estabelecimento e o locado habitacional e, por isso mesmo, a gorar as malévolas intenções. Com receio de repetição, o proprietário da venda de objectos em ouro dormiu a noite passada dentro do espaço comercial.
Segundo o dono do prédio vizinho, por onde se verificou a introdução dos gatunos, “é inconcebível não haver policiamento nas ruas. Em poucos anos, talvez pela proximidade da loja, já fui assaltado quatro vezes. Mais uma vez tenho tudo destruído. Vou pedir contas a quem?"
Por razões de salvaguarda do comerciante não divulgo a sua identidade. Se noticio o facto, que aliás se tornou de acesso público restrito a partir da participação na PSP, é para que as autoridades, respectivamente a Polícia de Segurança Pública e a Câmara Municipal de Coimbra, saibam que enquanto responsáveis pela (in)segurança do Centro Histórico o segredo transforma o facto consumado num acto sem-inscrição. Ou seja, não se sabendo, é como não tivesse acontecido. O que, para mostrar que por aqui não acontece nada e justificar a falta de vigilância, até dá muito jeito para tranquilizar a opinião pública. Quanto aos lesados, como é habitual, encolhe-se os ombros e, por entre dentes, exclama-se: “só perde quem tem!

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