(Imagem de Leonardo Braga Pinheiro)
Na
noite desta Quarta para Quinta-feira, durante a madrugada, um ou vários
assaltantes, rebentando com o canhão da porta de um prédio contíguo
a uma ourivesaria, penetraram no edifício vazio de moradores e
abriram um buraco na parede para entrarem na loja de compra e venda
de ouro. Tal como em vezes anteriores, valeu o facto de haver chapas
de aço a fazerem a divisão entre o estabelecimento e o locado
habitacional e, por isso mesmo, a gorar as malévolas intenções.
Com receio de repetição, o proprietário da venda de objectos em
ouro dormiu a noite passada dentro do espaço comercial.
Segundo
o dono do prédio vizinho, por onde se verificou a introdução dos
gatunos, “é inconcebível não haver policiamento nas ruas. Em
poucos anos, talvez pela proximidade da loja, já fui assaltado
quatro vezes. Mais uma vez tenho tudo destruído. Vou pedir
contas a quem?"
Por
razões de salvaguarda do comerciante não divulgo a sua identidade.
Se noticio o facto, que aliás se tornou de acesso público restrito a partir
da participação na PSP, é para que as autoridades, respectivamente
a Polícia de Segurança Pública e a Câmara Municipal de Coimbra, saibam que enquanto
responsáveis pela (in)segurança do Centro Histórico o segredo
transforma o facto consumado num acto sem-inscrição. Ou seja, não se
sabendo, é como não tivesse acontecido. O que, para mostrar que por
aqui não acontece nada e justificar a falta de vigilância, até dá muito jeito para tranquilizar a opinião pública.
Quanto aos lesados, como é habitual, encolhe-se os ombros e, por
entre dentes, exclama-se: “só perde quem tem!”
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