sábado, 16 de janeiro de 2010

A (IN)TOLERÂNCIA DA IGREJA CATÓLICA







Ontem o jornal Público noticiava que a Câmara de Lisboa, liderada por António Costa, estava aberta à possibilidade de os casamentos homossexuais fazerem parte já este ano, e no caso da lei ser aprovada pelo Presidente da República, do evento das “Noivas de Santo António”.
Hoje, e segundo o DN, o Patriarcado de Lisboa, para além de deixar de participar, deu indicações para que os matrimónios deixem de se realizar na Sé, como têm acontecido nos últimos anos.
Ora vamos por partes. Primeiro, começa logo por António Costa que, em jeito de provocação, vem anunciar uma intenção de realização -os casamentos entre pessoas do mesmo género- que está muito longe de estar resolvida. Pessoalmente, estou em crer que até que esteja muita água vai ainda passar no Mondego. E António Costa não sabe? Claro que sabe. O problema é que certos elementos da esquerda em Portugal, julgando-se iluminados –não por Deus, mas talvez pelo espírito marxista-leninista- fazem tudo para desafiar uma instituição que está muito longe de dar bons exemplos a quem segue a sua fé. Estes elementos da tal “esquerda acintosa” parecem querer esquecer que somos de facto um país conservador. Para o bem e para o mal, somos mesmo. E desrespeitar quem pensa diferente de nós é o pior exemplo que se pode dar, sobretudo neste caso dos casamentos homossexuais. Fazer o que fez o presidente da Câmara Municipal de Lisboa é o mesmo que atirar gasolina para cima de uma pequena fogueira.
Ora António Costa não é um qualquer anónimo filiado no Partido Socialista. Já foi ministro e é actualmente o representante máximo de todos os lisboetas. Fazer isto, acho eu, nem o calceteiro Tino de Rans, que foi presidente da junta de freguesia lá da terra e depois candidato à Câmara de Valongo, faria pior. Isto é de uma inabilidade política rasteira a toda a prova, onde o que subjaz é mesmo só a provocação.
Quanto à atitude do Patriarcado, também não surpreende. O que é engraçado (talvez sem graça) é que uma religião que nas homilias mais emprega a palavra “tolerância” com o próximo, na doutrina de Cristo e expressa na Bíblia, venha, sem qualquer respeito ou pudor pelos seus próprios crentes, dar um exemplo discutível a todos os níveis. Nas igrejas, a assistir às missas, não há homossexuais? E no clero? Pois! Todos nós lemos jornais. Só atira pedras quem tem que se lhe diga. É o habitual, logo a começar por mim que sou um bom fariseu.
Estou em crer que muitas vezes as discussões sociais atingem o rubro, exactamente, por atitudes como estas. Melhor: péssimas atitudes, de quem, e contrariamente, teria por responsabilidade servir de mentores como exemplos de uma sociedade que se deseja tolerante e aceite que há lugar para todos.
Enfim! Uma miséria…nem tenho palavras…

1 comentário:

Anónimo disse...

Caro Luís Fernandes

Em parte de acordo com o seu pensamento. António Costa é um chico esperto, sabia que estava a deitar achas para a fogueira, numa atitude nítidamente provocatória...são assim os iluminados socialistas, ligados ao PS.

A igreja é naturalmente contra tais casamentos contra natura, a tolerância com o próximo, é uma coisa, pedir um disparate é outra.
O facto de haver homossexuais no clero não justifica tamanha abertura, há transviados em todo lado. Normalmente esta aberração homossexual anda ligada à pedófilia, ao desvario sexual de toda a espécie.

Toda esta problemática é rídicula, a hierarquia da igreja católica e os católicos em geral, jamais aceitarão esta provocação. A igreja não empresta o Santo António, nem os templos para este carnaval, estou certo, acho muito bem.

Imagino o rídiculo, 2 da mesma espécie, um vestido de homem outro de mulher de braço dado.

Haja paciência.

L. Pereira