segunda-feira, 14 de abril de 2008

UM JARDIM SELVAGEM

Segundo o Jornal de Notícias (JN) de hoje, “Alberto João Jardim disse ontem concordar que não se realize uma sessão solene com os deputados na visita de Cavaco Silva à Região Autónoma, porque daria “uma péssima imagem da Madeira mostrar o bando de loucos que está dentro da Assembleia Legislativa Regional. O fascista do PND, o padre Edgar (do PCP) e aqueles tipos do PS”.
“Era dar uma imagem péssima da Madeira e ia ter repercussões negativas no Turismo e na própria qualidade do ambiente”. (…) “Num tom coloquial de gracejo, o líder do PSD/Madeira disse ainda sentir vergonha dos seus opositores: “Eu tenho vergonha, eu não apresento aquela gente a ninguém”.
Continuando a citar o JN, “considerando a visita presidencial uma “rotina” que faz parte “dos hábitos (de) Chefes de Estado (em relação) às duas regiões autónomas”, Jardim ainda revelou que o PSD-Madeira não pediu qualquer encontro com Cavaco”.
Depois de lermos estas declarações, certamente, interrogamo-nos como é possível um presidente duma região autónoma proferir estas declarações. Ocupando o primus inter primus político, um cargo governamental equivalente ao nosso primeiro-ministro aqui no Continente, como pode esta criatura verberar tais considerandos sobre os seus pares.
É certo que este sujeito há muito nos habituou a tais dislates, mas desta vez abusou da autoridade e da prerrogativa do elevado cargo que ocupa. Desrespeita todos; O País, a Madeira, o Parlamento da ilha autónoma, as diversas forças políticas, inclusive o PSD, o Presidente da República, Cavaco Silva e ele próprio, o boçal João Jardim.
Ficamos a aguardar o que vai fazer, na ilha, Cavaco Silva. Estou em crer que, como diz o povo, quem ri em último ri dobrado. Pelo menos é o que se espera do Chefe do Estado. “O senhor Silva”, como foi chamado há anos por Jardim, mesmo dentro do âmbito político e diplomático, no elevado cargo institucional que ocupa, deve dar uma lição ao inqualificável arruaceiro da Madeira.
E Filipe Menezes? Mais uma vez vai corroborar o discurso verborreico, e elogiar o desenvolvimento de três décadas da ilha, resultado do trabalho empenhado de Alberto João? Já há muito que o PSD se devia demarcar deste tipo de líderes partidários representativos de um “Ancien Regime” que não deixa saudades. Contrariamente ao que pensam, estes “imperadores” –e, infelizmente, este partido está cheio deles- causam mais mossa no partido Social Democrata do que um raio numa noite tempestuosa de inverno.

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