quarta-feira, 2 de abril de 2008

DÁ-ME UM SORRISO

Diz-me, ó bela, se me amas;
Escuta com atenção;
Dá-me um sorriso dos teus lábios,
consola meu coração.

Se teu afecto é volúvel,
porque me iludes em vão?
Pede ateu anjo um punhal,
e me crava o coração.

Ah! Como sou infeliz,
amar e não ser amado,
ser pelo anjo que adoro,
pouco a pouco desprezado.

Prudência, tu és a mãe
dum infeliz como eu;
já gozei horas felizes,
meu coração já bateu.

(Extraído do TROVADOR –jornal de modinhas-,
De 14 de Maio de 1865)

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