terça-feira, 21 de agosto de 2007

ILUSÃO

Procuro-te no meio da multidão,
nos pequenos magotes de gente,
onde paras ilusão?
Parece que alguém mente;
Dizem conhecer-te bem,
mas só te conhece quem sente,
uma tristeza ou solidão tem,
aquele que sofre e bem te tente;
Procuro-te na água do rio,
espelhada como imagem,
nem o sol me tira o frio,
nem o vento me dá aragem;
Penso que és uma utopia,
um sonho pouco real,
se te visse o que eu fazia,
construía o meu canal;
Como não te vejo, espero,
endureço muito então,
pode ser que sendo sincero,
alcance uma paixão;
Se eu te visse tu fugias,
ó minha querida ilusão,
eu sei que tu bem me querias,
se eu te desse o coração;
Mas ele está fechado para balanço,
à espera de um qualquer amor,
que musique um falhanço,
um fado ou balada de trovador.

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