domingo, 15 de outubro de 2023

BARRÔ: NOTÍCIAS BREVES

 



1 – Na manhã desta última Quinta-feira, 12 do corrente, um grupo de três funcionários da Câmara Municipal de Mealhada liderado por António Pita, engenheiro e chefe de Divisão de Serviços Urbanos, visitaram a zona envolvente da represa, que no verão concentra as águas e serve para regar as hortas e leiras do Barreiro, o nosso celeiro colectivo, e do moinho de levada que há muito jaz inerte e em acentuada degradação.

Segundo algumas perguntas sobre os donos dos terrenos confinantes à ribeira, nas palavras vagas do engenheiro camarário, deu para perceber que a futura praia fluvial naquele local paradisíaco não está esquecida e, porventura, irá mesmo avançar para o ano que se aproxima a passos largos.

Relembramos que este projecto de lazer, de recuperação da zona e construção de infra-estrutura de veraneio consta do programa eleitoral prometido pelo Movimento Independente Mais e Melhor para Barrô, que, comandado por António Jorge Franco, venceu as eleições para a autarquia em Setembro de 2021, em que se comprometia a construir um Parque Infantil e espaço balnear, Pavimentar as vias, Estudo de tráfego e Enquadramento da Fonte e Chafariz. Passados cerca de dois anos de vida a rolar a nossa aldeia ainda não viu nenhum deles começado. Se é certo que Roma e Pavia não se fizeram num ano nem num dia, o povo espera mas não esquece.



2 – Ficou concluído este mês o restauro da capela de São Sebastião, padroeiro de Barrô, sobretudo de pinturas interior, fachada e limpeza da cobertura, a cargo da Junta de Freguesia de Luso. Relembramos que esta promessa constava do programa eleitoral do Partido Socialista encabeçado por Claudemiro Semedo, que ganhou as últimas eleições para a Mesa da Junta de Freguesia de Luso.

Sem se saber por que carga de água ou mensagem messiânica, foram retirados os dois assentos em ferro e madeira que, desde há cerca de vinte anos aquando do último restauro pago por muitos particulares locais, serviam de poiso para descanso popular. Quem vai responder por esta retirada unilateral e furtiva?

Com um lanche no átrio da capela a comemorar o feito onde foram previamente convidados apenas alguns dos crentes, não consta que os habitantes da aldeia, no seu todo, se tornassem mais cristãos, mas, uma coisa é certa, alguns ficaram muito agradecidos e procurarão retribuir o feito – depois de devolvidos os bancos, obviamente.



3 – Realizou-se ontem, Sábado, 14 de Outubro, no Centro Recreativo de Barrô um “Jantar de Talentos” promovido pela Comissão de Festas 2024 da Lameira de São Pedro.

Segundo um folheto distribuído na povoação, a ideia de apresentar um jantar volante, constituído por caldo verde, bifanas, pica-pau, cabidela de leitão, iscas de fígado de leitão, moelas de frango e coração de leitão fatiado e acompanhado por uma “Chuva de Talentos” constituída por Karaoke e actuações de várias bandas e artistas do Concelho, entre eles o jovem Pedro Pimenta e o grupo musical Sinapse The Band, da Lameira de São Pedro.

Como não marcamos presença não podemos adiantar como decorreu o evento, mas presumimos que teria corrido bem para a Comissão de Festas 2024 do lugar da Lameira.

Quem parecia muito contente foi a imagem de São José, outrora comemorado em festa anual em Barrô e com assento de oratório no Largo da Capela. Houve quem jurasse ter ouvido a representação santífica a murmurar: “se o salão se encontra encerrado há vários anos, sem futuro à vista, sem contas apresentadas, sem plano de actividades, sem cobrança de quotas aos associados, e sem saber para que serve, ao menos vai prestando um serviço aos vizinhos.”


4 – Há cerca de duas semanas faleceu Joaquim Soares Ferreira Ruas, um nosso reconhecido cidadão nascido e criado em Barrô.

A notícia, dada na altura certa, por si só não constitui grande celeuma, afinal nascer e morrer é um percurso inevitável de princípio e fim de todos os seres vivos, e mais propriamente dos Humanos.

Mas se escrevermos que o “Jaquim”, como era carinhosamente tratado, foi o 11º finado a partir de 2020 de filhos da nossa terra e contra apenas um bebé nascido na aldeia neste mesmo prazo o caso muda de figura. Ou seja, contra onze falecidos, apenas um nascido.

Se é certo e sabido que o défice demográfico é um problema nacional, quando nos toca mais de perto, pela desertificação forçada, devemos parar para pensar qual vai ser o futuro da nossa descendência.




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