segunda-feira, 7 de agosto de 2023

REUNIÃO DA CÂMARA MUNICIPAL DE MEALHADA: “SUUM EIQUE TRIBUERE” (ATRIBUIR A CADA UM QUE É SEU)



Começo com um título que logo ao primeiro olhar desmotiva a ler o que se segue. Para uns, os puristas, aqueles que não gostam mesmo nada de se esforçar, dirão que um palavrão destes é mesmo só para impressionar. Outros, os que mesmo que não entendam passam à frente, os tolerantes, estão a marimbar-se se é assim ou assado. Fique escrito, nem foi para impressionar nem para provocar. Apeteceu-me. Pronto!

Serve esta curta introdução para repor a verdade histórica, emendar/rectificar, de uma afirmação ditada, hoje, na Reunião da Câmara Municipal de Mealhada por Rui Marqueiro, actual vereador eleito pelo Partido Socialista e ex-presidente da Câmara Municipal.

E o que afirmou o conhecido político?

A terminar a sessão, a vice-presidente Filomena Pinheiro deixou no ar um remoque: “Só para aproveitar para convidar todos presentes a estar - “presentes e público que nos está a ouvir”, atalhou António Franco, o presidente da edilidade – na Feira do Pão e do Mel, que se vai realizar de 12 a 15 de Agosto, no Luso.”

Cortou Rui Marqueiro: “Só vou se a senhora me garantir que há lá pão de Barrô…

Respondeu Filomena Pinheiro: “… A senhora está lá. A senhora está lá.

Enfatiza Marqueiro, “o pão de Barrô é o melhor pão do Mundo…

Na dúvida, Filomena contemporiza: “Ah, mas com certeza que o pão que fala é o que se encontra num espaço (comercial, o Intermarché, acrescento nosso), de outro Barrô…

Corta Marqueiro, “Não, o de Barrô daqui, não é de Águeda, é de Luso…

Franco dá uma mãozinha ao vereador socialista: “Não, de Barrô daqui, Barrô, Luso…

Corrobora Marqueiro, “pão amassado com as mãos, já não se encontra em todo o lado…


AFINAL, DE QUE BARRÔ SE FALA?


Estou em crer que foi um lapso de linguagem, uma confusão instantânea, quer do ex-presidente, quer do actual. O Barrô aflorado, pela tradição de bom pão, é mesmo o de Águeda, não o do Luso. Infelizmente para a minha aldeia, tão carecente de produtos que a elevem ao Mundo.

A não ser que estejamos perante uma jogada de Marketing para lançar no mercado um (novo) pão da nossa avó, amassado, cozido em forno de lenha, como antigamente.

Pelo sim, pelo não, deixo a História do Pão de Águeda – retirada, com a devida vénia, do Facebook: 



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