quinta-feira, 17 de janeiro de 2008

GOUVEIA MONTEIRO: O NOVO PRETOR URBANO

Segundo o Jornal “Campeão das Províncias”, o vereador da CDU, Jorge Gouveia Monteiro, não irá recandidatar-se, nas próximas eleições autárquicas, à Câmara Municipal de Coimbra (CMC). Esta declaração foi proferida pelo edil comunista no programa “Praça da República”, transmitido aos sábados do Hotel D. Luís, em Coimbra.
Fazendo um pouco de história, Gouveia Monteiro, está há cerca de seis anos à frente do pelouro da habitação da CMC e fazendo parte da equipa de Carlos da Encarnação desde 2002. Uma jogada de mestre do actual presidente da autarquia Coimbrã, ao chamar ao seu executivo o seu amigo marxista-leninista. No anterior mandato de Manuel Machado, Gouveia Monteiro, pelas suas intervenções acutilantes, era considerado o “enfant terrible” do executivo machadista. Daí, as más-línguas coimbrinhas, chamarem, amiúde, a esta aliança, entre o santo e o profano, de Vodka-Laranja. Seja o que for a verdade é que, reconheça-se, este vereador comunista, para além da sua natural e exagerada demagogia, tem feito um bom trabalho. É uma pessoa simples, afável, inimigo da gravata, e, contrariamente aos seus colegas de vereação, gosta de se misturar com o povo. Muitas vezes se vê por estas ruas estreitas da Baixinha. Por aquilo que parece ser, pelo muito que se tem escrito na comunicação social, e por aquilo que conheço dele –já falei algumas vezes com ele-, descontando alguma natural inclinação para o auto-exagero da sua prestação à frente da habitação, e retirando-lhe alguns sofismas apriorísticos contra os proprietários do edificado urbano –certamente próprios do seu ADN partidário avermelhado, que, muitas vezes, o impedem de ver o óbvio. Retirando estes “senãos”, sinceramente, gosto dele. Inspira-me confiança. Até vou mais longe, facilmente votaria nele para o novo presidente da autarquia em 2009.
Sem ter a prosápia de querer ser presciente, creio que Gouveia Monteiro se prepara para outros voos. Daí, penso que este anúncio de retirada, apenas será para um tempo necessário e, unicamente, para um afiar de espadas e preparar o exército para a nova guerra que se avizinha, ou seja, a conquista da cadeira do poder da Praça 8 de Maio. A ver vamos…

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