quarta-feira, 22 de fevereiro de 2023

HOJE É QUARTA-FEIRA DE CINZAS

 

(Imagem de Leonardo Braga Pinheiro)




A quarta-feira de cinzas é o primeiro dia da Quaresma no calendário Cristão ocidental (Católico). As cinzas que os Cristãos Católicos recebem neste dia são um símbolo para a reflexão sobre o dever da conversão, da mudança de vida, recordando a passageira, transitória, efémera fragilidade da vida humana, sujeita à morte.

Ela ocorre quarenta dias antes da Páscoa (sem contar os domingos) ou quarenta e seis dias (contando os domingos). Seu posicionamento no calendário varia a cada ano, dependendo da data da Páscoa. A data pode variar do começo de fevereiro até a segunda semana de março.

A Igreja Católica Apostólica Romana trata a quarta-feira de cinzas como um dia para se lembrar a mortalidade. Missas são realizadas tradicionalmente nesse dia nas quais os participantes são abençoados com cinzas pelo Padre que preside a cerimónia. O Padre mancha a testa de cada celebrante com cinzas, deixando uma marca que o Cristão normalmente deixa em sua testa até ao pôr do sol, antes de lavá-la. Esse simbolismo relembra a antiga tradição do Médio Oriente de jogar cinzas sobre a cabeça como símbolo de arrependimento perante Deus (como relatado diversas vezes na Bíblia). No Catolicismo Romano é um dia de jejum e abstinênciaFonte: WIKIPÉDIA LIVRE.


CURIOSIDADES DE UM TEMPO EM QUE SE ACREDITAVA EM TUDO CEGAMENTE


Durante tempos imemoriais a Igreja Católica Apostólica Romana, neste dia de Quarta de Cinzas, proibia os fiéis de comerem carne… A menos que o crente pagasse uma licença para quebrar a abstinência ao padre da paróquia – a chamada bula.

Más intenções interpretativas à parte, é de supor que se acabou com a proibição e a a salvífica bula para o rebanho, e se deu liberdade de opção, já que os pastores, padres, bispos e cardeais, desinibidos da obrigação e do pecado passaram a generalizar a tentação e ingestão da carne, sobretudo se for tenrinha e de boa proveniência onde o silêncio impere.

A talhe de foice, passou recentemente na RTP 1 Uma excelente série baseada na obra de Eça de Queirós (1845-1900), o “Crime do Padre Amaro”, que mostra que o problema da fascinação pela gula não estava na carne apetecível aos olhares humanos mas unicamente na fragilidade do homem, enquanto parte de uma parte totalmente impossibilitada de resistir ao desejo e à luxúria carnal.

Sem comentários: