segunda-feira, 14 de novembro de 2022

BARRÔ: POR UM PALMO DE MURO

 





Na última Quinta-feira, a estrada que liga Barrô à Lameira de São Pedro foi palco de um aparatoso acidente com um automóvel e uma carrinha que só por grande sorte, grande sorte, para o condutor do ligeiro não deu em ferido grave.

Em poucas palavras conta Luís Sereno: “eu ia calmamente a conduzir de Barrô em direcção à Lameira de São Pedro. Quando começava a aproximar-me da pequena ponte que passa por cima da Ribeira do Salgueiral, no “Porto-carro”, surgiu-me uma viatura no meio da via e para não lhe bater guinei o meu carro para a minha direita contra o muro de resguardo da passagem superior.

Em visita posterior ao local do acidente podemos constatar duas situações: a primeira é que, com resquícios visíveis no solo causados pelo embate, o muro protector aguentou bem o impacto do clássico BMW. A segunda é que quem se desloca de Barrô para a Lameira, a cerca de meia-centena de metros da velha ponte, com uma curva bastante pronunciada, não vislumbra nada à sua frente pela ramagem de várias oliveiras, que se estende e debruça sobre a via. Ou seja, quem pretende passar na travessia, já por si bastante estreita e sem visibilidade mínima, tem obrigatoriamente de se colocar na via contrária.

Depois de um pingue-pongue entre a Junta de Freguesia de Luso e a Câmara Municipal de Mealhada para se saber quem era responsável pelo arranjo da via, que é muito frequentada diariamente por veículos, incluindo um autocarro de transporte escolar, e pessoas nas suas caminhadas sanitárias, há um ano, a estrada foi alcatroada.

Em 20 de Novembro de 2021, já com os trabalhos de repavimentação concluídos, escrevi uma crónica a chamar a atenção para a possível perigosidade da falta de visibilidade causada pelas árvores na rodovia e enviei para a Junta de Freguesia de Luso. Até hoje nada foi feito para intimar os proprietários das árvores a cercear o efeito da ramagem. Está na altura de o fazer, até porque, sendo época da recolha da azeitona é também o tempo de poda.

Felizmente, o nosso conterrâneo, para além do susto e do prejuízo no seu automóvel, sofreu “apenas” algumas contusões, que ficaram marcadas a negro no corpo.

Será que é necessário haver sangue derramado para a Junta de Freguesia actuar com brevidade?

(TEXTO ENVIADO PARA CONHECIMENTO DO EXECUTIVO DA JUNTA DE FREGUESIA DE LUSO)


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