quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

A NOTÍCIA QUE RESSALTA... ...NO "CALINAS"





  A informação está plasmada na página 12 do Diário de Coimbra (DC), em título: “Cantanhede - Crise obriga Câmara a cancelar Dixieland”.
Continuando a citar o DC, “Nasceu em 2003 pela mão da empresa municipal Inova e desde logo se impôs como um dos maiores (senão o maior) festival de jazz de rua do país.”
Mais adiante, continua o jornal, dando voz à autarquia de Cantanhede, “no âmbito das medidas de contenção adoptadas pela Câmara para fazer face à diminuição das receitas, situação que tem vindo a agravar-se nos últimos tempos. (…) Nestas condições, no quadro de um orçamento de um orçamento de contenção, a autarquia teve, assim, de fazer opções e optou por salvaguardar, tanto quanto possível, as verbas destinadas a investimento em infra-estruturas e equipamentos colectivos. (…) Isto porque a Câmara pretende canalizar, tanto quanto possível, os recursos financeiros disponíveis para os investimentos em sectores como a educação, com a construção dos novos centros educativos e intervenções na beneficiação da rede viária e na requalificação urbana dos recintos públicos…”.
Ora, a meu ver, estamos perante uma medida racional e compreensível, tendo em conta os ventos económicos que sopram em contra-ciclo. Ainda que seja uma decisão que não capte votos, qualquer munícipe avisado e contido entende perfeitamente. O tempo das festarolas e festinhas acabou. Não há dinheiro, é tão simples quanto isso. Que esta diminuição de verbas vai afectar a cultura, também sabemos, mas, e desde que o anunciado seja levado à prática, isto é, desde que se sacrifique um festival em prole da educação e outras rubricas fundamentais, penso que não se discute. O que é preciso é que o orçamento de rigor seja mesmo para levar à letra e não apenas o seu espírito. Outro modo não será aceitável. Sacrificar a cultura só e apenas por imperativos de “estados de necessidade”.
Em conclusão, se a edilidade cantanhedense não se desviar do seu objectivo, ou seja, amanhã não vá enfeitar umas rotundas com umas palmeiras, o seu corte é perfeitamente admissível e deverá servir de exemplo a outras autarquias.
Acreditando que o prometido é devido e assim irá ser, parabéns a João Moura, presidente do executivo de Cantanhede.

1 comentário:

Sónia da Veiga disse...

E vão-me dizer que não arranjavam patrocinadores para esta iniciativa?!?
A nível nacional e internacional ninguém apoiava este evento?!?
Não acredito...