segunda-feira, 1 de outubro de 2007

CARTA A UM ROSTO CONHECIDO

Esse teu sorriso encantador,
desconcerta-me, faz-me voar,
diz-me algo, fala-me, por favor,
uma frase tua e irei sonhar;
Esses teus olhos marotos,
são imensos como o mar,
sejam direitos ou canhotos,
gostaria de te amar;
Essa tua boca prometedora,
parece a entrada do paraíso,
tens uma alma eternecedora,
faz-me perder o juízo;
O teu rosto é belo demais,
para um qualquer jardim,
tão diferente entre os tais,
que me faz pensar assim;
Se é tão belo porque sem dono?
Eu sei, não abdicas da tua liberdade,
és generosa, trabalhas p'ro bono,
porquê esse olhar de saudade?
Aposto que muito amaste,
um ingrato, não te mereceu,
por ele tanto choraste,
afinal, uma pena, tudo morreu;
Eu sei que és especial,
basta-me olhar para ti,
és incapaz de fazer mal,
muito menos para mim;
Não percas a esperança lindinha,
o mundo é imenso e variado,
vai haver um qualquer perninha,
que ficará embeiçado;
Mas se estás só porque sorris?
è dos outros ou é de mim?
Não sei porque te ris,
se é para mim, se é de ti;
Eu sei que rir é tão bom,
viver uma felicidade,
é música num certo tom,
é reviver a saudade;
Todos vivemos "aquela" recordação,
tão esquecida pelo tempo gastador,
mesmo assim, não queres voltar atrás, não,
tu procuras um grande amor;
Sei que o vais encontrar,
mesmo não sendo eu presciente,
basta começares a olhar,
é ele estará presente.

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