Esta noite vários estabelecimentos comerciais foram assaltados. Na Rua das Padeiras, na sapataria Pessoa foi extraído o canhão da fechadura da porta de vidro e foram roubados todos os trocos da caixa. Os proprietários ainda estão a fazer o balanço da intrusão. Por enquanto desconhece-se se houve mais bens surripiados.
Nas modas Bagui, na Rua Adelino Veiga, foi rebentado um grossíssimo vidro da montra. Segundo o proprietário, para além da tentativa de procurar dinheiro na caixa-registadora e zonas envolventes –que não encontraram-, levaram vários blusões, camisas e calças da montra virada para o agora encerrado Saul Morgado.
No “Choro do Bebé”, na Rua Eduardo Coelho, escalando a parede, presumivelmente através das grades do estabelecimento, introduziram-se por uma janela do primeiro andar. Desconhece-se ainda os montantes envolvidos nesta intromissão.
Às 5H47, na sapataria Angel, na Rua Eduardo Coelho, um vidro da montra foi partido. Uma vizinha, ao ouvir o barulho, ligou para a PSP e registou a hora. Como a proprietária desta sapataria estava a dormir por cima do estabelecimento, quando ouviu o barulho dos vidros, imediatamente veio à janela e deparou-se com um indivíduo de cócoras, pronto a entrar na loja. Com a serenidade que arranjou, entrou em diálogo com o assaltante e disse-lhe: “ou você se vai embora ou chamo a polícia!”. Na maior das calmas o homem soergue-se e replicou: “está bem! Chama lá a polícia! Eu quero lá saber!”. Em passo dolente, largou a montra e caminhou em direcção à Praça do Comércio. A proprietária desceu para junto da montra violada e, passado pouco tempo, novamente, voltou a passar o assaltante, como se andasse a passear. A Dona Lurdes, a ofendida, que não é de modas e está farta de levar pancada na vida, novamente, virando-se para o indivíduo disse: “foi você que me partiu o vidro! Veio ver o trabalho, foi?”. O sujeito com uma grande chave de fendas no braço e uma mochila às costas, na maior tranquilidade retorquiu: “eu? A senhora não está boa da cabeça! Quer-me revistar, é? Quer ir ver a minha casa? E na maior mansidão lá foi à vida, que salteador não tem tempo a perder com civil impetuoso e sem maneiras.
Também junto à loja das Modas Veiga, ainda na Rua Eduardo Coelho, era visível sangue na parede e uma placa entortada. Tudo indicava que o objectivo seria chegar ao primeiro andar. Em quase todos os locais visitados pelo(s) amigo(s) do alheio era visível sangue no chão.
Uma pergunta recorrente de retórica a quase todos os comerciantes era: “e as câmaras de videovigilância, estão lá a fazer o quê? Quem responde pela despesa de quase 200 mil euros perdidos no espaço do éter? Quem responde pela esperança que nos deram? Quem responde por esta vigarice, por esta trapaça?"
Hoje pela manha, tive conhecimento que fora assaltado durante a noite mais quatro estabelecimentos comerciais na baixa da cidade.
ResponderEliminarDesculpem-me a expressão, mas esta merda já cheira mal!
Ou reforçam a segurança policial durante a noite e metem o sistema de videovigilância a funcionar como deve ser, ou as entidades competentes de uma vez por todas assumam que querem o fim do comercio na baixa, para os comerciantes pegarem nas suas”trouxas” fecharem as portas e irem trabalhar para outro local que os receba e os acarinhe.
Aos comerciantes deixo o alerta para que se organizem e tomem algumas medidas em conjunto para que tenham visibilidade na comunicação social.
Podem contar com o meu apoio!
Como sempre disse um sistema de vídeo vigilância sem forças policias para atempadamente reagirem aos assaltos não passava de folclore mediático e pago à custa de todos nós.
ResponderEliminarMais, apesar da actuação rápida das forças policiais se não tivermos leis que dissuada o crime, também é chover no molhado.