quarta-feira, 9 de setembro de 2009

MAIS UM CASO INOPORTUNO




Segundo o Sol online, “A 13ª Vara Cível de Lisboa deferiu hoje a providência cautelar apresentada pelo casal McCain, pais de Madie –desaparecida na praia da Luz em Maio de 2007- no sentido de proibir a venda do livro (Madie –A Verdade da Mentira) de Gonçalo Amaral, ex-inspector da Polícia Judiciária, que defende a tese de que seriam os pais os responsáveis pelo desaparecimento e morte da criança. Os McCain exigem 1,2 milhões de euros de indemnização a Gonçalo Amaral”.
Para além disso, continuando a citar o Sol, “O tribunal decidiu acolher o pedido do casal McCain de proibir a distribuição do filme com base no mesmo livro, que chegou a ser exibido pela TVI”.

Ora, perante mais este caso, em plena campanha eleitoral, estou atento para ver o que vai dizer a oposição. Perante o cancelamento do “Jornal de Sexta da TVI”, de uma forma torpe, a aproveitarem-se da situação, fazendo de todos nós uns "totós", correram todos a disparar mísseis de cruzeiro contra o governo, agora, perante esta injunção do tribunal será que é mais um atentado à livre expressão?
Pode até parecer que estou para aqui armado em defensor de José Sócrates. Engano. Puro engano. O senhor Primeiro-ministro merece-me tanto respeito quanto outro qualquer governante, ou, por inerência, líder de outro qualquer partido. O que procuro é não emprenhar pelos ouvidos, mesmo que seja por inseminação artificial, já que os meus ovários não estão receptivos.
O senhor Gonçalo Amaral, para além de ter sido inspector da Polícia Judiciária, é também licenciado em direito, o que, em consequência, sabe que, para além de todas as ilações possíveis e imaginárias acerca do rapto da menina, baseado em convicções, não pode afirmar uma acusação não provada.
Mais uma “escandaleira” para desviar as atenções e alimentar durante uma semana o pobre cenário político nacional. Para, a abrir os telejornais, nos fazer esquecer os verdadeiros problemas que nos atormentam.

Sem comentários: