segunda-feira, 14 de setembro de 2009

IR OU NÃO IR...




Sou uma pessoa de esperança,
votei sempre com firmeza,
às vezes sou como criança,
perdido na incerteza;
Desta vez, falta-me a fé,
não sei em quem votar,
reconhecidamente, pareço até,
um verbo de “enxergar”;
Qualquer um é meu amigo,
todos querem o meu bem,
só que às vezes não consigo
saber o que é que eles têm;
Uns oferecem-me melhor vida,
outros vão dar-me trabalho,
mas eu não quero outra lida,
quero, reconheçam o que valho;
Olhem para mim, para o que sou,
não para o que poderei vir a ser,
aproveitem-me como estou,
antes de eu desaparecer;
Só em alturas de eleições
se lembram da minha existência,
fora delas, são efabulações,
como empresas na falência;
Já me prometeram um cargo,
para eu poder concorrer,
mas eu achei que era parvo,
se não fosse deputado a valer;
Uns oferecem-me segurança,
outros até guarda-costas,
dizem que é apenas mudança
se eu for cortado em postas;
Se me oferecessem o paraíso,
no caso de eu vir a morrer,
talvez eu ganhasse juízo,
e os começasse a entender;
São todos pessoas queridas,
tão sensíveis à esquerda,
sente-se no coração as batidas,
todos sentem a minha perda;
Direita é morada do Capital,
dizem-me em slogan a gritar,
confesso que até parece mal,
não saber em quem devo votar;
Se em troca de um isqueiro,
me dessem um carrito novo,
eu seria o mensageiro
para convencer o povo;
Assim, olho-me, a reflectir,
e continuo a pensar,
se valerá a pena, decidir,
no partido que vou votar.

1 comentário:

Vítor Ramalho disse...

Eu vou votar na Oposição Nacional.