sábado, 29 de novembro de 2008

A TENDA DE GELO A BOM RITMO



Tudo indica que, conforme o previsto, a tenda de gelo, a funcionar na Praça do Comércio, irá ser inaugurada na próxima segunda-feira com a devida pompa e circunstância pela autarquia e a APBC (Agência para a Promoção da Baixa de Coimbra).
A Baixa precisa de iniciativas destes género para trazer pessoas. Tenho muita esperança na zona histórica. Acreditem mesmo. Continuo com imensa fé de que quem apostar aqui (se fizer bom investimento, sobretudo compra) vai ter um futuro risonho.
Apesar do grande apoio que a câmara deu ao projecto da APBC, é preciso que a autarquia olhe para esta imensa amálgama de prédios, muitos deles em decomposição, e tudo faça para simplificar os trâmites para a sua reconstrução.
Quem anda por aqui, se interrogar um qualquer comerciante ou proprietário de um qualquer edifício, os queixumes são comuns: dizem “cobras e lagartos” dos serviços camarários. “Que aquele paço da Praça 8 de Maio só cria entraves a quem quer fazer alguma coisa. Que, paradoxalmente, chegam a contradizer-se uns serviços aos outros”. Estes desabafos são quase transversais a quem tem e ganha a sua vida aqui na Baixa.
Não deveria a autarquia fazer alguma coisa para inverter este sentimento comum de culpabilização? Eu acho que deveria.
No limite pode até argumentar-se que somos todos um povo insatisfeito e que nada o contenta, mas será mesmo assim? Numa altura em que os políticos estão debaixo de fogo –mesmo, até exceptuando as próximas eleições-, diga-me, leitor, se você fosse o presidente da autarquia conimbricense esta opinião negativa não o preocupava?
Já o escrevi aqui neste blogue: a Baixa precisa urgentemente de um gabinete, constituído por várias entidades, que funcionasse em linha verde. Isto é, que após receber a comunicação, rapidamente a analisasse, a expedisse para o serviço competente e, num prazo máximo de 30 dias, o requerente visse o seu problema resolvido.
Acreditem, quando os residentes falam da autarquia é como se esta entidade fosse uma sua inimiga pública nº1. Não estou a exagerar. É mesmo assim. Poderia contar alguns exemplos, e até um em relação a esta iniciativa da APBC, que ia dando uma “bronca do camano”, mas fico-me por aqui, para a natural reflexão.

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