(Retirado do Diário de Coimbra)
Conheci muito bem o senhor Aires Braz Marques.
Pelos jornais diários de hoje, fiquei a saber que deixou o nosso meio, dos
vivos. Durante décadas habituei-me a vê-lo, vestido de bata branca, na Praça do
Comércio, nas desaparecidas farmácias Paiva e Miranda. Por cima desta era o
Laboratório com o mesmo nome. Era um homem austero, uma pessoa fiel a certos
princípios conservadores que desapareceram. Durante cerca de uma dúzia de anos,
por ser o proprietário do imóvel na Alta da cidade, foi meu senhorio no meu primeiro negócio.
Cumpriu sempre comigo e entre nós havia um respeito recíproco. Sempre que nos
cruzávamos, enquanto teve os seus comércios na Baixa e antes de passar para o Pólo
II, tinha uma palavra de apreço para comigo. Não tenho nada a apontar-lhe.
Mais, lembro-me que quando abri a minha loja em 1995 ele fez questão de, acompanhado
da esposa Flávia Barreto Ferreira, vir comprar uma peça. Nunca me esqueci desse
gesto magnânimo e de ajuda. Foi bonito de mais. Por isto mesmo é com alguma
saudade que constato a sua partida.
À sua família enlutada, à sua filha Ema
Barreto, marido e netos, nesta hora difícil, receba um grande abraço solidário
de todos quantos fazem da Baixa o campo de lavoura para ganharem a vida. Os
nossos sentidos pêsames.
Descansa em paz, tio. muitas saudades
ResponderEliminardescansa em paz, tio. muitas saudades
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ResponderEliminarNuma altura em que nos sentimos fragilizados pela perda de entes queridos, é sempre reconfortante sentir que há pessoas que com eles conviveram ao longo da vida e que partilham a saudade e estima que sentimos por eles. Nós, apesar de termos deslocalizado as farmácias para fora da Baixa da cidade, continuamos afetivamente ligados a essa zona. Muito obrigada pela sua homenagem. Ema Barreto Ferreira, marido e filhas.
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